segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Eu acho que o "meu" elevador não gosta muito de mim.


             Sempre adorei elevadores mas já há 1mês que tenho que conviver com um diariamente e em certas alturas acho que já não gosto tanto...
              
              Eu sei que o elevador é meu e é dos meus vizinhos do primeiro, do segundo, do terceiro, do quarto, do quinto, do sexto e do sétimo esquerdo porque ya eu vivo no sétimo -.- o que me impossibilita de usar as escadas caso não queira ter uma ataque qualquer! Saiu de casa quase todos os dias às 9horas para ir para as aulas e é exactamente a essa hora que é hora de ponta no elevador; carrego no botãozinho para o chamar para cima e ele faz de tudo para me atrasar, vai ao terceiro, depois é capaz de subir até ao quinto, a seguir vai deixá-los ao zero, volta e vai buscar o do quarto e leva-o ao menos um, depois é que é capaz de se lembrar de mim; eu desconfio que ele só não vai beber um café antes de me ir buscar porque não consegue sair daquela área mas pronto, conclusão: eu até gosto dele porque sem ele eu teria que demorar meio ano a chegar a casa mas isto tudo leva-me a crer que ele me odeia, ou isso ou é a preguiça de ir ao último andar logo de manhã o que também é possível visto que quando alguém entra nele, farta-se de se queixar, faz cá uma barulheira, principalmente quando estou na cama a tentar dormir.
             Já meti um banquinho em frente da porta do elevador, vá não meti nada, mas pensei nisso!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

It's a new life

           Vida de universitário não é fácil, dizem que é cerveja para aqui cerveja para ali, festas para acolá e ya é verdade e quando acontece é a puta da loucura mas ninguém se lembra do mais mau: o curso para fazer e garanto que não é nada fácil! Já para não falar que sair debaixo da saia da mãe e começar a viver sozinha trás uma carrada de responsabilidades mais do que apenas uma cama nova mas pronto isso já é outra história. Entre economia para aqui, contabilidade para acolá, métodos de um lado e gestão do outro e uma pessoa fica doida, este semestre ainda mal começou e já está a doer a sério..

            Mas o que eu acho mesmo piada é quando as velhotas aqui na terrinha me perguntam: “então entraste em quê?”, eu respondo: “Marketing”, “an? Matemática?”, eu volto a repetir e elas ficam a olhar para mim sem perceber nada do que eu digo. Ainda são capazes de chegar ao pé de alguém e dizer: “ah a neta da Belmira Sapateira anda não sei em quê lá para Aveiro…” na cabeça delas funciona mais ou menos assim: não é engenheira, não é médica, não é professora, não é advogada, não é arquitecta, não é nada e ponto final.

             Custou e ainda custa às vezes, são pessoas novas para conhecer, é uma escola diferente com regras diferentes, são professores que nem vale a pena comentar… enfim, no fundo o que interessa é que sou do ISCAA e somos uma grande família em todos os sentidos da palavra! Ah e  Aveiro é nosso, Aveiro é nosso e há-de ser, Aveiro é nosso e há-de ser, AVEIRO É NOSSO ATÉ MORRER!

« O mercado de trabalho, em Portugal, está a adaptar-se às circunstâncias da crise económica. De acordo com um estudo da Michael Page, avança o Expresso que neste momento, as áreas com maior empregabilidade e mais bem pagas são: Marketing, Vendas, Finanças, Banca e Advocacia. »

SÓ ESPERO É QUE DAQUI A 5, 6 ANOS AS NOTICIAS CONTINUEM A SER BOAS :)

sábado, 1 de outubro de 2011

Secret Silence 18 - ÚLTIMO.

           « Achas mesmo que eu vos ia estragar a noite? Aproveitem, vou voltar tarde. Não te preocupes vou ao cinema e depois vou jogar uma partidinha de sueca com os meus amigos cá da terrinha. Divirtam-se e juizinho. Avô Rui » era o que dizia o papel que estava pendurado na porta. Já estava mesmo a ver que era isto que estava a acontecer, este meu avô não é normal, é especial em todos os sentidos da palavra, deve ser por isso que gosto tanto dele.


           Entretanto, ontem, o António chegou e assim que fechei a porta também ele leu o papel: “Então? Parece que o teu avô te pregou uma partida”, “é, parece que vamos ter que passar a noite sozinhos…” – respondi eu. “Oh que grande problema…” disse o António enquanto me puxava para junto dele.


           “Bem, vamos jantar” disse eu enquanto me virava em direcção à cozinha… Ainda não me tinha virado completamente quando sob o meu braço começa a exercer uma força que me atraia na direcção contrária ao meu movimento: “Mafalda! Não achas que o jantar pode esperar?” – perguntou o António com a voz mais doce do mundo; Suspirei e de uma só vez, disse: “Sim, acho que sim, anda…"
            Já estávamos no meu quarto e a roupa interior era a única que já existia nos nossos corpos, o António interrompeu um daqueles beijos que já trocávamos há alguns minutos mas antes que ele pudesse dizer alguma coisa, deitei-me na cama; o que estava a acontecer era mágico e nesse momento tive a certeza de que era a única coisa que queria. Ele percebeu e já não falou, deitou-se por cima de mim e com os nossos corpos já nus, não houve tempo para vergonhas nem para rejeições, deixámo-nos levar pela paixão e fizemos amor.


            O avô chegou e nós a jantar: “Avôôôô! Estamos aqui, venha cá! Não vai negar também a sobremesa pois não?” , o avô sorriu e juntou-se a nós. A noite prolongou-se, com boas conversas, risadas e trocas de olhares.


Hoje, estou nas nuvens e digo com toda a certeza que nunca uma história de amor foi tão perfeita e verdadeira.


Mafalda

3 de Maio de 2011