quinta-feira, 12 de julho de 2012

Eu não sei porque escrevo

                   Escrevo palavras soltas, inversas, contraditórias, brinco com o dicionário como se fosse um amigo que não entendo. Construo frases sem pontos, sem nexo mas são as minhas palavras, os meus pensamentos, as minhas construções.
                   Sou uma ponte sem pilares onde o tabuleiro balança, mas sou eu, são as minhas palavras. Dou por a pensar no que sou, quando me fluí uma frase que eu acho sem sentido, mas que através da mesma posso criar um texto que só eu entendo o seu verdadeiro fundamento, corro em direção ao papel, procuro incansavelmente uma caneta que tenha um pouco de tinta, só para que eu possa transcrever o que penso.
                   No final, quando tido se encontra escrito, sinto uma estranha sensação de revolta por não me identificar com o que escrevi, por saber que estou a cometer algo que não tem significado para mim.
                   Sei que talento não tenho, mas tenho uma coisa fundamental para qualquer ser que queira tornar o seu mundo perfeito. Eu tenho sonhos, eu vivo os meus pensamentos, eu iludo a minha alma.
                   Eu transcrevo em papel o que o coração indiretamente já sofreu e digo indiretamente porque eu nunca senti nada de tão forte, só mesmo no papel. Porque no papel podemos ser personagem principal, porque a escrever podemos fazer um conto de fadas onde somos eternamente felizes, porque a transcrever os meus pensamentos posso ser o que desejo e apagar o que transtorna, no entanto, mesmo sem dom, mesmo sem talento ou encanto, eu não sei porque escrevo.

domingo, 1 de julho de 2012

Step by Step - 3

            “ Obrigada pela companhia, gostei imenso (: Assim que te deixei em casa, fui ver o nascer do sol à praia e bem, só acordei agora na areia x) “ – sms do Tomás.


          “  És um parvalhão :c Eu também queria ter ido à praia! “ – respondi-lhe.


          Foi mesmo brutal a noite de ontem, já conheço o Tomás há anos e parece que só agora é que o estou a conhecer verdadeiramente.


          Mas, época de exames e ando-me a desleixar um bocado, não me apetece nada estudar com este sol todo lá fora, mas não, hoje não posso sair, tenho mesmo que ficar a estudar o dia todo. A minha mãe ligou-me à pouco, disse que finalmente vai fazer as obras lá na garagem neste fim de semana por isso é melhor não ir a casa senão, entre barulheiras, não estudo nada. Com um bocadinho de sorte o Tomás também fica e pode ser que não seja assim tão mau...


          Ahh já me esquecia, tenho uma colega de casa nova! Acho que ela é um bocado estranha ou então não vai muito com a minha cara, fecha-se no quarto e a única coisa que diz é bom dia ou boa tarde… Há pouco saiu e para além e ter voltado cheia de sacos, vinha ao telefone a discutir bué com alguém, fechou-se no quarto, nunca mais a vi.


         Aiiiii, estudar, tenho que ir ESTUDAR!

Por: Dáni

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Step by Step - 2

            No outro dia fui ao “Trópicos” , como faço todas as semanas desde que começou a nova rotina, mas foi diferente, nunca lá tinha visto ninguém conhecido. Quando digo conhecido, não falo dos novos colegas da faculdade, falo de conhecido; e conhecido significa que entre as letras da palavra existam histórias conjuntas para contar, momentos partilhados, qualquer coisa que não seja um simples olá e adeus. Ele disse-me que também lá ia imensas vezes por isso muito provavelmente até já lá estivemos ao mesmo tempo mas nesse dia foi diferente, ia andando e ia sentindo a enorme saudade que tinha de estar com aqueles amigos que tinham sido amigos a sério e que agora o afastamento tinha arruinado… Se calhar foi por isso que o meu olhar desta vez foi logo na direção dele, bem estou aqui a falar dele e não digo a quem me refiro. Encontrei lá o Tomás.


                Sim o Tomás que tantas vezes te falei e fazia parte dos amigos. Ficamos a conversar durante algum tempo e combinamos beber um café ontem à noite.


                 Encontramo-nos então lá no “Trópicos” e naquelas cadeiras ficaram tantas memórias, tantas risadas que tenho vontade de lá voltar a cada segundo. Há tanto tempo que não me sentia assim, parece que em apenas algumas horas recuei anos e estava a viver tudo outra vez, acho que o Tomás sentiu o mesmo.


                   Combinamos não voltar a perder contacto.


                    Ele agora joga futebol, talvez vá ver o jogo no Domingo, com sorte ainda encontro mais gente "conhecida".


                     - LAUUUURA! – É a minha mãe, tenho de ir.


    Por: Dáni

Step by Step - 1


           Esta podia ser mais uma história fictícia, não fossemos nós personagens reais.
           
            Hoje fiz uma pausa no tempo, como quem diz, parei para pensar na vida, na minha vida e quanto ela mudou sem eu notar. Ontem era um adolescente estupido, com vontade de crescer rapidamente e ser "grande", idealizava a maioridade, fazia planos.. O que nós não sabemos nessa altura são as perdas, as consequências desses sonhos poéticos. Este sou eu, mas também és tu que estás a ler, admite, consegues identificar-te nas minhas palavras, eu sei, eu compreendo-te. (Não é maravilhoso alguém que não conhecemos sentir o mesmo que nós!) Do dia para a noite estamos de malas feitas e dizemos adeus, aos pais, aos amigos, a tudo o que tínhamos como garantido e embarcamos na aventura de ser "jovens-adultos". Para uns a adaptação à nova vida é fácil, para outros torna-se um verdadeiro teste de resistência e coragem.
             
             Estava sentado numa das mesas do "Trópicos" (café muito frequentado por estudantes) a rever alguns apontamentos de Mecânica e Ondas quando senti tocarem-me no ombro:             
              - "Por aqui?" - era a Laura, conhecemo-nos no secundário, e embora tenhamos escolhido cursos diferentes, as nossas faculdades são relativamente próximas.             
              - "Laura, tudo bem?” Gosto de estudar aqui, a esta hora é bastante calmo. E tu? Que fazes por aqui?"              
              Rapidamente palavra puxa palavra, e sei que não estudei mais nessa nessa tarde. Apesar de tudo foi agradável, ainda não a tinha encontrado desde que terminou o secundário e, devo confessar, já tinha algumas saudades de ver uma cara conhecida. Combinámos de tomar café mais logo.

               upss, estou atrasado e hoje tenho treino.

                                                                                                         Por: " Tomás "

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Here

I'm here walking to the moon
I'm here waiting to the sun
I'm here...
I'm here dying for you

I just want break my mind
Forget to remember you
you are in everything
you are in everything I do

Please, oh please leave my mind
Please, just for today
I need to wake up and live
Please leave my mind away
(my mind away)

I still here learning to fly
Jumping memories
forget that you were mine

But now
But now I swear I'll try
Today I will change
I don't born just to die
I deserve more and now I know I can

Please, oh please leave my mind
Please, just for today
I need to wake up and live
Please leave my mind away
(leave my mind away)

I'm not the same
I'm not the same anymore

terça-feira, 10 de abril de 2012

Princess*

- Que personagens dos contos de fadas gostariam de ser?
- Branca de Neve...
- Porquê?
- Ela é linda e tem um príncipe que a ama, com cavalos, castelos e ela tem um final feliz.
- E tu?
- Eu quero ser a Rapunzel. Porque ela é linda e tem um príncipe que lutou por ela. E ela mora num castelo gigante, o mais bonito de todos.
- Então e tu?
- Eu quero ser a princesa Fiona, do Shrek.
- Mas porquê? Não queres ser a Cinderela ou outra mais bonita?
- Não. A Fiona é a mais bonita. Ela aceita-se como ela é, diferente de todos como eu, para viver com quem ela ama e que também a ama de verdade. Ela tem um burro que fala, isso não é mais brutal que cavalos? Ela é feliz e não precisa de cavalos nem de um homem bonito por fora... Preferia um Shrek para mim que me aceitasse como eu sou; que me ensinasse que não preciso ser perfeita para ter um final feliz.

quarta-feira, 21 de março de 2012

I am

I AM STRONG
because I know my weakness
I AM BEAUTIFUL
because I am aware of my flaws
I AM FEARLESS
because I learnt to recognise, illusion from Real
I AM WISE
because I learn from my mistakes
I AM A LOVER
because I have felt hate
and...
I CAN LAUGH
because I have known sadness.

terça-feira, 20 de março de 2012

As aulas de Direito são muito interessantes.

          Olho fixamente a parede branca à minha frente, mas… branca? Olho novamente, sem nunca ter deixado de olhar, e ela fica de todas as cores; pintada de sonhos, criatividade e imaginação. Olho uma última vez e parece que já está a fazer efeito de espelho… WoOw, brutal, estou mesmo na parede, awesome...
          Mas, pera lá, não estou normal! Sou mesmo eu? Por momentos penso: Nossa, fui clonada!

          By the way, agora a porra ficou séria: estou no meio do nada e de tudo ao mesmo tempo. Olho para a esquerda, continuando a olhar para a parede à minha frente, e vejo… nada, na verdade não vejo nada; vejo terra e erva a potes e mais erva e terra, apesar de só terem passado segundos desvio o olhar, não há nada para ver ali. Olho para a direita e vejo… WOOW, vida! Luzes, Barulho, Carros, Movimento, tantas coisas para prender a minha atenção.

           Não era muito difícil escolher para onde ir, não pensei, dei por mim a ir de encontro com aquela euforia mas…parei. Estou a olhar para trás e nem percebo o que estou a fazer: Hello? Ali não há nada, aqui há tudo! Pois…lá está, aqui há tudo! Tudo? Se há tudo como vou poder usar esta criatividade que me consome e que teima em explodir a cada segundo?

            Estou a voltar para trás… Piso a terra e a erva e o lado eufórico desaparece, vejo-o a fechar-se, mas não tive vontade de correr para chegar até ele; virei a cara. Continuei a pisar terra e erva e erva e terra e sei que por enquanto vai ser assim mas, que importa? Para quê começar no 100 e passar a vida a encher chouriços?  Sim, podia ter escolhido começar no zero e continuar na margem mas o -1 tem mais terra e erva e erva e terra para eu continuar a caminhar.

quinta-feira, 8 de março de 2012

A sério, mas a sério? (5539vezes)

És grande páh. Acho que nunca conseguiria promover o meu blogue como tu fizeste, digo-te: foi um Marketing Fantástico e se há coisa que eu aprecio é isso, por razões obvias x) As pessoas abordavam-me só para falar do blogue e se havia novidades tuas; foi bué awesome, believe.

A sério, tanto tempo que andei a perguntar às pessoas “Opa és tu o anónimo que escreve no meu blog?” , não, não e não. Enganaste-me com uma pinta x)

Passados cerca de 7 meses: “Olha Daniela, eu sou o António.” Depois de dizer: a sério? 5537vezes, percebi que sim e fiquei abesbilica, ya , abesbilica.

Só posso agradecer, Gracias muchas Gracias, meu querido… António ;D 

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Que se F*, Lixe!

   
       Opá REPUTAÇÃO É COISA DE QUEQUES! Nós somos assim, somos parvas, opa ya um bocado, mas somos genuínas e fazemos das coisas mais estupidas vida. 
       É mais comodo viver infeliz do que lutar pela felicidade mas porra nem é muito difícil, são litlle moments estúpidos, infantis, o que lhe queiram chamar , que fazem de nós pessoas; sim porque nós só somos pessoas se tivermos vontade de viver!
      E isto se calhar nem fez sentido nenhum mas no worry, apeteceu-me e o que me apetece tem a lot of strenght! :)

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Como toda a dor que de tão insuportável produz anestesia própria.

    Não sou para todos. Gosto muito do meu mundinho. Ele é cheio de surpresas, palavras soltas e cores misturadas. Ás vezes tem um céu azul, outras tempestade.

    Lá dentro cabem sonhos de todos os tamanhos. Mas não cabe muita gente. Todas as pessoas que estão dentro dele não estão por acaso. São necessárias.

Caio F. Abreu

Mas eu sou assim mesmo. Essa combinação toda errada de amor, carência, alegria, tristeza, loucura e um pouco de lucidez.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Arrisca

     




             Havia muita gente ali: homens engravatados que nem o sorriso que esboçavam escondia o desconforto que estavam a sentir; ladys com chapéus farfalhudos e vestidos a condizer sem noção do ridículo, miúdos com idade de andarem porcos, sujos ali estavam com os seus coletes e camisas e o ar mais elegante do mundo. Enfim gente, ali estava muita gente, que não passava de isso mesmo, gente.
            Eu estava lá num canto mergulhada nas taças de champanhe que iam servindo, todo aquele movimento me passara ao lado, a única coisa interessante daquela festa era a janela que estava na minha frente já há uns bons minutos. Algo interrompeu o silêncio que pairava na minha cabeça desde o último carro que tinha passado na estrada.
           - Olá.
           Foi quando me virei de repente que percebi que já tinha bebido demais mas estava com lucidez suficiente para ver a beleza que tinha acabado de falar para mim.
           - Olá, respondi eu tentando disfarçar o excesso de álcool que já me corria no sangue…
           - Nunca te vi porque aqui …
           Bem o rapaz, apesar de fazer parte dos engravatadinhos até parecia simpático:
           - é … esta cena não é muito a minha onda mas os meus cotas, para variar, estão em viagem e despacharam a coisa para mim…
           Ele riu ao mesmo tempo que pegava também numa taça de champanhe:
           - Então estás aqui só por favor …
           - Pah é isso mas estou a ficar farta, já vim marcar presença, agora estou mesmo no ir...
           - Espera!
           Assustei-me:
           - O que foi?
           - Eu … saio contigo, mas vamos antes pelas traseiras por favor.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

merda de post --'

            Epá eu sempre comi as 12 passas e sempre bebi champanhe porque é que este ano foi diferente? Vá, sempre não mas desde que me lembro de ser gente yaaa.
         Conclusão: Se este ano me correr melhor que os outros nunca mais vou perdoar as passas e o champanhe, caso contrário nunca me vou perdoar a mim :c
PLEASE , make my wish come true PLEASE!