Escrevo
palavras soltas, inversas, contraditórias, brinco com o dicionário como se
fosse um amigo que não entendo. Construo frases sem pontos, sem nexo mas são as
minhas palavras, os meus pensamentos, as minhas construções.
Sou
uma ponte sem pilares onde o tabuleiro balança, mas sou eu, são as minhas
palavras. Dou por a pensar no que sou, quando me fluí uma frase que eu acho sem
sentido, mas que através da mesma posso criar um texto que só eu entendo o seu
verdadeiro fundamento, corro em direção ao papel, procuro incansavelmente uma
caneta que tenha um pouco de tinta, só para que eu possa transcrever o que
penso.
No
final, quando tido se encontra escrito, sinto uma estranha sensação de revolta
por não me identificar com o que escrevi, por saber que estou a cometer algo
que não tem significado para mim.
Sei
que talento não tenho, mas tenho uma coisa fundamental para qualquer ser que
queira tornar o seu mundo perfeito. Eu tenho sonhos, eu vivo os meus
pensamentos, eu iludo a minha alma.
Eu transcrevo
em papel o que o coração indiretamente já sofreu e digo indiretamente porque eu
nunca senti nada de tão forte, só mesmo no papel. Porque no papel podemos ser
personagem principal, porque a escrever podemos fazer um conto de fadas onde
somos eternamente felizes, porque a transcrever os meus pensamentos posso ser o
que desejo e apagar o que transtorna, no entanto, mesmo sem dom, mesmo sem
talento ou encanto, eu não sei porque escrevo.
eu nao sei porque é que ainda escreves xD
ResponderEliminarporque tu te precisas de entreter não lendo xD
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